quinta-feira, 16 de abril de 2009

sexta-feira, 3 de abril de 2009



''Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome.''
Caetano Veloso

Artigo


Dados sobre fome e produção de alimentos


-Número de pessoas que morreram como resultado de desnutrição e fome em 1992: 20.000.000
-Número de crianças que morrem em decorrência da desnutrição e fome a cada dia: 38.000
-Freqüência com que morre uma criança na terra como resultado de desnutrição e fome: a cada 2,3 segundos
-Quantidade de cereal e soja, em quilos, necessária para produzir um quilo de carne hoje nos Estados Unidos: 7
-Pessoas que podem ser nutridas usando a terra, a água e a energia que seriam liberadas se os norte-americanos reduzissem seu consumo de carne em 10%: 100.000.000
-No Brasil, 44% das culturas destina
m-se a produzir alimentos para os animais, isto é, quase a metade de tudo que nosso solo produz é usado para alimentar animais, que, por um lado, ao serem transformados em alimentos só podem nutrir reduzida parcela da população, uma vez que a vasta maioria não tem poder aquisitivo para comprar carne e, por outro, geram bem menos quantidade de alimentos. 23% da terra cultivada no Brasil é usada atualmente para plantar soja, metade da qual é exportada.
-Quantidade de terra no mundo destinada a pastagens para o gado: metade
-No Brasil, um exemplo, em Santa Catarina 2,4 milhões de hectares são explorados por lavouras, 2,5 milhões por pastagens e 1,9 milhões por matas e florestas.
-Quantidade de terra própria para o plantio destinada para produzir alimento para o gado nos Estados Unidos: 64%


Artigo

A fome crônica afeta mais do que 1,3 bilhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Muitos estão preocupados com os graves problemas ambientais e sociais com os quais nos defrontamos a nível global, contudo, poucos estão cientes das enormes implicações que o simples ato de comer tem sobre vários destes problemas.

Quase metade dos cereais produzidos no Brasil são destinados a alimentar animais de criação. O feijão, tradicionalmente fonte importante de proteína de nossa dieta cede terreno ao soja (para alimentar animais e exportar). Seu preço em conseqüência se tornou muito elevado ficando fora do alcance de muitos.

crescente demanda por produtos animais resultou em uma vasta realocação de recursos, promoveu a degradação dos ecossistemas globais, desmantelou e deslocou culturas indígenas em todo o mundo. O impacto na saúde e na desnutrição de boa parcela da família humana tem sido igualmente devastador.
Musica

Fome Come

gente eu tô ficando impaciente
a minha fome é persistente
come frio come quente
come o que vê pela frente
come a língua come o dente
qualquer coisa que alimente a fome
come simplesmete come tudo no ambiente
tudo que seja atraente é uma forma absorvente
come e nunca é suficiente toda fome é tão carente
come o amor que a gente sente
a fome come eternamente no passado e no presente
a fome é sempre descontente
Fome come fome come
Se vem de fora ela devora ela devora ela devora
(qualquer coisa que alimente)
se for cultura ela tritura ela triturase
o que vem é uma cantiga
ela mastiga ela mastigaela
então nunca discute só deglute só deglutee
se for conversa mole se for mole ela engolese
faz falta no abdome fome come fome
come gente eu tô ficando impacientea
fome sempre é descontentetoda fome é tão carente
qualquer coisa que alimente
come o amor que a gente
sente come o amor que a gente sente

Isso precisa mudar!
Artigo

Banco de alimentos é alternativa

A ONG Banco de Alimentos, em São Paulo, mostra que é possível fazer a ponte entre onde sobra e onde falta alimento

13 Dez 2008 - 13h24min

A economista Luciana Chinaglia, 46, há muito se questionava sobre o problema da fome e do desperdício de alimentos no Brasil. "Um dia me perguntei se ia continuar só pensando ou se ia fazer alguma coisa", conta a presidente-executiva da ONG Banco de Alimentos, que há dez anos abraça a missão de fazer a ponte onde sobra e onde falta alimentos. Hoje a ONG é um exemplo de que com solidariedade e consciência dá para amenizar a fome dos milhares de brasileiros que não tem o que comer. "Tudo começou com recursos próprios. Acredito que a transformação é o pensamento em ação", diz.

Luciana destaca que o comportamento de desperdício - que nem é só dos brasileiros - está diretamente associado a uma falta de consciência das pessoas em relação ao problema da fome. "A gente desperdiça tudo. Desperdiçamos alimentos, água, energia, dinheiro público. É que o brasileiro tem pouca consciência". Para Luciana, a idéia de que existe uma lei que proíbe a doação de alimentos é equivocada. O que ocorre é que não existe uma lei que proteja o doador de uma possível ação civil ou criminal em caso de queixa de intoxicação. "A lei deveria ajudar o cidadão e não atrapalhar", critica a economista.

Para evitar problemas, a ONG faz a seleção dos alimentos em condições de consumo onde, ao receberem as doações, as instituições beneficiadas assinam um recibo atestando a qualidade dos produtos disponíveis. A ONG recebe doações de alimentos in natura e industrializados.

O preço

O papel da ONG Banco de Alimentos não se restringe apenas a distribuição dos alimentos doados. Ao receber os alimentos, cada uma das mais de 50 instituições atendidas se comprometem em participar de ações educativas voltadas para o uso correto dos alimentos evitando assim o desperdício. "Ensinamos como aproveitar integralmente o alimento, a forma correta de armazenar, dicas de higiene e nutrição. Essas informações impactam diretamente na saúde dos atendidos. Passam a comer melhor e comida é o primeiro remédio", explica Luciana, contextualizando que ao evitar o desperdício, a quantidade de lixo produzida também diminui, gerando efeitos positivos para o meio ambiente. "São dois brasis. O Brasil que tem muito está um pouco acomodado e isso tem que mudar. Cada um de nós é responsável pelo mundo a sua volta", finaliza. (Dalviane Pires)


''A fome não é exigente: basta contentá-la; como, não importa.'' Séneca

Artigo

O caso brasileiro

''O Brasil é um país de contrastes: é o 4º produtor mundial de alimentos, mas ocupa o 6º no mundo em subnutrição, perdendo apenas para a Índia, Bangladesh, Paquistão, Filipinas e Indonésia; é o 8º país nos indicadores econômicos e o 52º nos sociais, o que demonstra o desequilíbrio que existe entre o seu potencial econômico e a qualidade de vida da população.
Nos dias de hoje, 30% da população é mal nutrida, 9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total dos trabalhadores rurais são sem-terra.
Existe ainda o problema crescente de concentração da produção agrícola, ou seja, um pequeno grupo de agricultores latifundiários, ou agroindústrias, produzem a maior parte dos alimentos, sendo ela voltada unicamente para a exportação. Isso determina que o pequeno produtor, tradicionalmente voltado para produtos de consumo interno, seja expulso de suas terras, aumentando as migrações, os conflitos de terra e o aumento da fome, uma vez que o pequeno agricultor expropriado perde em muito seu poder de compra.
Com toda essa problemática, todos sofrem conseqüências sérias, principalmente as crianças e jovens. Nas escolas públicas de ensino fundamental são notórias as conseqüências geradas pela subnutrição e desnutrição. Esses alunos são apáticos, têm grandes dificuldades de aprendizagem, são lentas e muitas vão para a escola para ter direito à merenda escolar, talvez sua única alimentação diária. Se bem que ela não consegue nutrir todas as suas necessidades, ao menos as minimiza.
Apesar das diversas explicações e teorias que pretendem explicar esse problema, as verdadeiras causas da fome, ou melhor, o conjunto de causas, não surgem nelas ou delas são escamoteadas. E ainda há pessoas que acreditam nelas.
Considerando-se apenas os aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais, a verdadeira explicação para a fome está em vários fatores:
• a grande diferença de renda e seu contraste: poucos ganham muito e muitos, pouco;
• o sub-aproveitamento do espaço rural por atividades agropastoris, enquanto milhões de pessoas não possuem terra para cultivar;
• a utilização da terra para uma agricultura comercial de exportação, em detrimento da agricultura voltada para o mercado interno;
• a injusta e antidemocrática estrutura fundiária, marcada na concentração de grandes latifúndios nas mãos de poucos;
• o difícil acesso aos meios de produção pelos pequenos produtores rurais e população em geral;
• a invasão do campo pelo capitalismo selvagem;
• a influência das transnacionais de alimentos na produção agrícola e nos hábitos alimentares da população;
• a utilização do agropoder ou da "diplomacia de alimentos" como arma nas relações entre os países;
• a canalização de grandes recursos financeiros para a produção de material bélico e que poderiam ser mais bem utilizados na produção de alimentos;
• o grande consumo de cereais (60,6%) na alimentação animal dos países desenvolvidos, em contraposição à falta de alimentos nos países subdesenvolvidos;
• a relação entre as dívidas externas do terceiro mundo e a deterioração cada vez mais elevada de seu nível alimentar;
• a relação entre a cultura e a alimentação;
• a falta de uma política agrária que leve o homem do campo a lá permanecer e produzir;
• a falta de informação à população de como usar os alimentos por completo, usando-os na alimentação diária, em sucos, chás e adubação orgânica.
Alterar essas situações significa mudar, alterar a vida da sociedade, o que irá certamente contrariar interesses das elites e seus privilégios. É mais cômodo para eles responsabilizar o crescimento populacional, a "preguiça" do homem do campo pela fome existente no país.
Mas a situação tem e deve ser mudada. Não adianta esperar por iniciativas do governo que elas dificilmente virão. É a sociedade em geral e principalmente aqueles grupos sociais mais carentes que devem buscar a solução para seu problema nutricional. Esse trabalho é individual e grupal a um só tempo: individual na iniciativa e utilização de alimentação alternativa, e social na divisão do saber sobre este tipo de alimentação e na sua pregação.
E essa mudança deve ser iniciada na escola pública, cuja clientela é a que mais sofre com os problemas de subnutrição e desnutrição.Com orientações simples e corretas pode-se conseguir uma mudança de hábito e ensinar ao aluno como melhor utilizar aqueles alimentos, principalmente os vegetais, a que tem mais fácil acesso, a evitar o desperdício dentro de casa e a reciclar os alimentos.''



''No Brasil, um exemplo, em Santa Catarina 2,4 milhões de hectares são explorados por lavouras, 2,5 milhões por pastagens e 1,9 milhões por matas e florestas.''
Artigo

''NUM PLANETA TÃO IMENSO E COM RECURSOS ABUNDANTES, É TÃO RIDÍCULO VÊR QUE CADA VEZ MAIS PESSOAS PASSAM FOME.
PESSOAS NASCEM NA MISÉRIA E DURANTE TODA A SUA VIDA, JAMIAS SABERÃO O QUE É COMER, ATÉ SENTIR-SE SACIADO MATANDO A FOME.
ENQUANTO A TECNOLOGIA AVANÇA NA PRODUÇAO DE ALIMENTOS,ENXERGA-SE OS OSSOS SALTADOS EM INUMEROS MORTOS-VIVOS QUE MENDIGAM AO MENOS UM POUQUINHO DE FARINHA OU UM BOCADO DE PÃO PARA AFUGENTAR A DOR DO ESTÔMAGO VAZIO.
SERÁ QUE ERA ESSE O PLANO ORIGINAL PARA A HUMANIDADE?
O QUE ANTES ERA DESTINADO A DECOMPOSIÇÃO DAS SOBRAS DE NOSSOS LARES OU EMPRESAS,OS CHAMADOS "LIXÕES OU ATERROS",HOJE É HIPER MERCADO ONDE MILHARES USAM PARA REPOR SEUS MISEROS ESTOQUES DE COMIDA.
QUANDO A FOME BATE,BASTA IR NA LANCHONETE LOCALIZADA DENTRO DE UMA LATA DE LIXO,COMER O RESTO DO X-SALADA,OU PIZZA DE ALGUEM.
O ENGRAÇADO(SE É QUE HÁ GRAÇA NISSO )É QUE ONTEM (12/02/09)O NOTICIARIO INFORMAVA QUE CERCA DE 11 TONELADAS DE ALIMENTOS QUE SERIAM UTILIZADOS NA MERENDA ESCOLAR,POR ESTAREM ESTRAGADOS POR NAO TEREM SIDO UTILIZADOS,FORAM JOGADOS FORA,NO LIXO .
É ESTARRECEDOR VER A MISÉRIA ALIADA AO DESPERDICIO,A PRODUÇAO EM MASSA NÃO PODER COMBATER A ESCASSEZ ,PELA GANANCIA DO LUCRO, A JUNÇAO ENTRE A FOME E A MORTE.
É TÃO NORMAL,BANAL VER ESTAS PESSOAS PERAMBULANDO NAS CIDADES EM BUSACA DO QUE COMER....DESGRAÇADOS QUE VÊEM SEUS FILHOS CHORANDO DE FOME,E NÓS COMO EXPECTADORES SEM TER COMO MUDAR ESTA SITUAÇÃO.
ENQUANTO POLITICOS,EMPRESARIOS,BANQUEIROS SE DIVERTEM EM TIRAR O POUCO QUE AINDA RESTA AOS POBRES, INCLUSIVE A ESPERANÇA NA JUSTIÇA,MILHARES MORREM COMO NUM CAMPO DE EXTERMINIO....SÓ QUE MUITO MAIS DOLOROSO,POIS VÃO DEFINHANDO ATÉ NÃO SOBRAR MAIS NADA ALÉM DE PELE E OSSOS...
O INCRIVEL É QUE NÃO É SÓ ALIMENTOS QUE VÃO APODRECENDO,MAS TAMBEM O SENSO HUMANITARIO,A SENSIBILIDADE E O AMOR AO PROXIMO ESTA SE DECOMPONDO NOS CORAÇÕES HUMANOS.
E EM MEIO A TUDO ISSO ,AQUI NO BRASIL ESTA CHEGANDO O CARNAVAL,E MAIS UMA VEZ A MIDIA VAI FINGIR NESTES DIAS QUE ESTA TUDO BEM,QUE NINGUEM VAI MORRER DE FOME...NINGUEM VAI SOFRER.....É SÓ ALEGRIA ...''

AFINAL DE CONTAS HOJE EM DIA É TÃO FACIL MASCARAR A VERDADE

"PESSOAS NASCEM NA MISÉRIA E DURANTE TODA A SUA VIDA, JAMIAS SABERÃO O QUE É COMER, ATÉ SENTIR-SE SACIADO MATANDO A FOME."
PARÓDIA Tema: Ética na África em paralelo com o BrasilSub-tema:

Produção de alimentos x Fome

Precisamos mudar
Eles não vão se adaptar desse jeito
Sua fome seus desejos
A pobreza e a mágoa
Vamos mudá-la
Precisamos mudar
Não vão se adaptar desse jeito
Eles produzem tanto alimentoMas não sabe aproveitá-los
Porque exportam
Mas talvez no futuro
Eles consigam
Da à volta por cima
Voltar a ter a felicidade que sempre quis
Então a fome acaba
As mortes diminuem
E a gente sempre se esqueceDe tudo que passou
De tudo que passou

Original: Não precisa mudar - Saulo Fernandez/Gigi
''Pessoas que podem ser nutridas usando a terra, a água e a energia que seriam liberadas se os norte-americanos reduzissem seu consumo de carne em 10%: 100.000.000.''



''É ESTARRECEDOR VER A MISÉRIA ALIADA AO DESPERDICIO,A PRODUÇAO EM MASSA NÃO PODER COMBATER A ESCASSEZ ,PELA GANANCIA DO LUCRO, A JUNÇAO ENTRE A FOME E A MORTE.''



''A fome crônica afeta mais do que 1,3 bilhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde.''

''A produtividade por hectare se multiplicou. A produção total aumentou quatro vezes no mundo. Mas a fome não acabou ! E os famintos passaram de 80 para 800 milhões de pessoas.''



''A fome no mundo é uma realidade dolorosa, persistente e desnecessária. No momento, existe suficiente terra, energia e água para bem alimentar mais do que o dobro da população humana.''